87. É duro ser cabra na Etiópia

Edição Maitê Proença, 274p.

Lógico que escolhi por causa do título e, claro, estava em promoção nesses “stands” de tudo por R$10.00 que eu amo!!!É duro ser cabra

Por que existe um livro com um título tão esdrúxulo? Era essa a minha questão e, na contra-capa, a explicação: 169 textos selecionados, de material enviado do Brasil, Portugal e Angola. O desafio era deixar a imaginação correr dentro de 1500 caracteres, com dose de humor, inspirando-se em uma frase inusitada. E vieram textos para a seleção, mais de 1.600 entre famosos e anônimos. Então, como o desafio foi lançado pela editora, Maitê Proença, ela selecionou-os.

Maitê atua como editora. Páginas coloridas, cada uma diagramada de maneira diferente, foi bem interessante de percorrer.

Confesso não ser fã de livros que vem à partir de atores e/ou qualquer tipo de famoso não associado a literatura, mas fiquei curiosa pelo título e pela diagramação. A capa é muito divertida e de um cor de rosa divino!

Tem textos divertidos, de todos os formatos. Coisas boas e coisas nem tão boas assim. Leitura rápida com linguagem variada. Bacana! Gostei. Acho a Maitê linda ( e quem não acha?!?!), mas ainda não vou me aventurar nos outros livros dela.

Sei que preciso vencer esse meu preconceito e já estou caminhando nisso. Li Fernanda Torres, agora algo de Maitê e deve haver mais alguns perdidos pela minha coletânea variada de leituras, só que ainda não fizeram a minha cabeça. Um dia….. um dia….. “é duro ser cabra na Etiópia”.

86. Viver em paz para morrer em paz

Viver em pazMario Sergio Cortella, 175p.

Vamos filosofar sobre nostalgia, saudade, ensinar, aprender, atitude, escrever, paixão, amor, compreensão entre outros?

Difícil escrever sobre um livro escrito por um filósofo, mais fácil citar suas frases:

“Nós somos mortais! Tem gente que sabe disso e não toma nenhuma providência. Vive como se fosse eterno, como se tivesse todo o tempo da própria história para evitar uma vida que fosse vazia, fútil, banal, superficial.”

O que apequena a vida? O desperdício de convivência, a incapacidade de ter algo que não seja superficial, a possibilidade de esquecer as noções importantes de vida que são: fraternidade, solidariedade e amorosidade.”

“Auditoria é a caça ao culpado para aplicar punição enquanto avaliação é análise de processos para alcançar melhorias.” Muitas empresas precisam entender esse parágrafo!

“Quem não tem dúvida faz sempre do mesmo modo. Quem tem dúvida se inova, se reinventa.”

Na vida nós devemos ter raízes e não âncoras. raiz alimenta, âncora imobiliza.”

… paz não é ausência de conflitos, e sim a capacidade de administrar conflitos para que não haja ruptura.”

São inevitáveis as pedras no caminho. Mas pedras são apenas pedras, umas grandes, outras menores. São obstáculos a serem contornados. O que não pode acontecer é que as pedras se tornem barreiras. Pedras são fronteiras: elas demarcam um território de risco, mas não indicam impossibilidade. Impossibilidade é haver paz enquanto há paixão.”

As pessoas não abraçam uma religião para se sentirem mais sábias, e sim para se sentirem mais fortes. Por isso, é inútil discutir religião. Não porque não se possa, mas porque ela é, sobretudo, um sistema de crenças e forças. Por isso, discutir religião nunca é um debate teórico, seja sobre ideologia ou princípios. Discutir religião é tentar afrontar o que dá sentido à vida do outro.”

Justificando meu vício: “Cada um dos livros que mexo é um pedaço da minha história. Eu olho para um deles e me lembro de quando e de por que o comprei, se o li ou não – pois há livros que a gente compra, mas não L~e ou só lê um pedaço, mas que a gente compra porque não quer não o ter. Isso não é só uma questão de posse material. Está mais para um viciado que não convive com a ideia de que o estoque acabou. Às vezes, vira paixão, e isso me leva a ter um estoque irracional de livros que não li e, a julgar pelo tempo que estimo ter de vida, também não lerei.”

Adorei quando ele menciona que vivemos em uma sociedade “galáctica”, não pelo número de estrelas que contém, mas pelo número de pessoas que querem ser estrelas para poder brilhar (rolei de rir….). E a menção a nossa sociedade hiperbólica? Sim, porque a hipérbole é necessária para quem está por baixo. E hoje em dia, como ele menciona, o grotesco tornou-se sedutor: bundas como melancias, seios de silicone, lábios inflados, músculos estourando, vaidade desvairada. Indivíduos fazendo qualquer coisa para aparecer, exposição geral, para sentirem-se no poder. Como pessoas gostam do poder!!!!!

Nos últimos parágrafos a compreensão do título do livro. Função de vocês lerem para entenderem… nada de spoilers!!! Foi bom!!!

 

 

 

 

 

85. O sol é para todos

Harper Lee, 349p.O sol é para todos

Famoso. Super famoso. Foi Pulitzer. Há muito que eu queria ler. Há algum tempo que tinha o volume na minha estante e, desta vez, foi. E foi sensacional!

Leitura voraz que envolve a velha luta branco x negros com parte da cidade (do sul norte-americano) à favor dos negros e parte contra.

Há um “crime”, um julgamento. Ameaças, morte, medo, vingança, leis, respeito, falta dele…. tudo junto e misturado de forma magistral. Ótima leitura! Não é à toa que o livro não envelhece e segue vendendo muito até hoje, apesar de ter sido lançado em 1960.

Vale dizer que a narrativa é pela perspectiva de uma menina, uma criança que conta a saga do pai advogado de defesa de um negro acusado de “estuprar” uma branca e tudo o que envolve o crime, além das peripécias infantis, das aulas, férias, travessuras, vizinhos (tenebrosos, fofoqueiros, gentis…) e tudo o que passa em seus dias.

Um livro antigo que trabalha um tema, infelizmente, sempre atual, o preconceito.

Adorei!

84. Fora de mim

Martha Medeiros, 117p.

Apesar de curto, foi muito difícil de ler porque envolveu muitos sentimentos que eu conheço que já estiveram ou ainda estão aqui dentro de mim. Fora de mim

Descrição de um relacionamento doentio que, ao iniciar, já sabemos que não terá futuro e, quando eu li que o outro era aquele que não permitia que a mulher ao lado dele tivesse um único minuto de pensamento próprio, pois sabia que ela teria tempo para usar os neurônios e desconfiar da natureza impulsiva dele, intempestiva e alucinada, antes que ela possa racionalizar sobre a cilada, ele já a cercou com romantismo, lábia e a parafernália que faz daquele homem uma personagem que não existe. Como a personagem do livro, percebemos que há algo errado em personagens tão afoitas, mas é exatamente isso, não temos tempo nem espaço para racionalizar.

A personagem nunca é violenta, mas como é cruel. Exatamente como na vida real. Trata-se de uma guerra psicológica e uma invasão. Para continuar ao lado da personagem criada por estas espécimes de homens, é preciso desistir de você, da liberdade, e estar sempre em situação de estresse. Passamos a agir feito crianças, passamos a ser medíocres, um horror! E sabe o que eles querem? Apenas uma salva-vidas. É sempre um abuso psicológico! No meio de tudo havia um transtorno psíquico, péssimo.

Nenhum amor é igual a outro. E, como a personagem que conta a história, eu tive a mesma reação, ele foi mais um “pra sempre” que não durou, e eu não passei por isso sem abalo, entretanto, para mim, simplesmente ele morreu, foi enterrado, e a vida seguiu.

“Paixão é a força motora que justifica nossa existência, mas a perseguição desenfreada por esse privilégio nos torna dementes, viramos parasitas de uma obsessão. Claro que é excelente ter com quem compartilhar nosso erotismo, desejos, gargalhadas, mas não é preciso se sentir incompleta na falta desse alguém.”

83. Procura-se meu melhor amigo

Pauls Toutonghi, 270p.

Procura-se meu melhor amigoApesar de dividido em 5 partes, podemos dividir a trama em duas partes: a primeira que conta a história do Gonker, o Golden que se perde em uma reserva, e o problema é que ele tem doença de Addison, e para mantê-lo vivo é preciso medicá-lo uma vez ao mês. A segunda parte conta a história da busca por ele, em uma época onde não havia a tecnologia de hoje, e-mails estavam bem no início. Então, lá vem saga…..

Histórias de cães são sempre cativantes, podemos lembrar algumas como a do Hachiko no Japão, que virou filme; tem Canelo, na Espanha, um cão cujo dono morreu de hemodiálise em um hospital local e ele ficou do lado de fora do hospital durante doze anos, esperando que seu dono saísse; Constantine, na Rússia, durante sete anos, todos os dias, retornava ao cruzamento onde sua família morrera em um acidente de carro, e muitas cidades do mundo tem uma estátua em homenagem a algum cão.

Gonker não podia ser diferente, era especial para a sua família e eu me envolvi e torci por ele. Aliás, como todo golden, Gonker parecia ser um cão alegre, feliz. Eu chamo todos os goldens que vejo de “Feliz”, eles parecem sempre estarem sorrindo e de bem com a vida. Eu deveria aprender com eles! Aliás, cães são ensinamentos!!!

A história de Gonker mobiliza diversas cidades na região onde ele foi perdido e une uma família. Para saber o que acontece, só lendo o livro mesmo porque eu não conto não!!!!!

Boa leitura! Divirtam-se!!

82. É isso que eu faço – Uma vida de amor e guerra

Lynsey Addario, 351p.

É isso que eu façoAdoro livros de histórias reais e quando o real é fascinante, fica melhor ainda!

Uma fotógrafa que andou por locais que temos aflição só de pensar… erroneamente me inclui nisto porque, na verdade, eu não tenho aflição não, eu até gostaria de ter oportunidade de realizar parte do que muitos destes fotógrafos e jornalistas de guerra fazem ou aqueles que vão a campos de refugiados ou então, ajudar países que sofrem algum tipo de opressão ou calamidade.

Sei que a oportunidade quem cria somos nós e, como a autora deste livro que batalhou pelo seu espaço, para fazer qualquer uma dessas coisas, eu teria que ir atrás também, mas, muitas vezes me sinto presa ao meu solo, ser super imperfeito que sou!!

Consegui participar dos medos dela, da sua primeira bomba, da realidade de que jornalistas também morrem nas guerras que cobrem… é duro, mas acho uma profissão fascinante!! Parabéns aos corajosos e fortes!!

Ela andou por lugares como Afeganistão, Paquistão, Iraque, Líbano, Congo, Darfur, Líbia, Libéria, Israel e a faixa de Gaza, Primavera Árabe, Senegal, Arábia Saudita, viagens com as forças militares carregando muito peso em equipamentos, entre outros… está bom para vocês?!?!?!

Além das guerras, acompanhando soldados que estavam mortos ou feridos alguns segundos após uma conversa, sequestrada duas vezes, na Somália gestante de 5 meses (isso é que é dar o sangue pelo trabalho), ainda no Sudão o abuso às mulheres, muitas são vítimas do seu local de nascimento. Ela entrevistou mulheres africanas que passaram por mais dificuldades e traumas do que a maioria dos ocidentais sequer lê a respeito, e elas seguem em frente.

O livro é muito ilustrado, cheio de imagens que ela fez, mas eu queria mais, realmente me envolveu.

Admirei e admiro de verdade…

Adorei este livro!!!!

 

81. Quando os livros foram à guerra

42987731Molly Guptill Manning, 271p.

“… a leitura não só melhorava o moral, mas facilitava a adaptação e evitava colapsos psiconeuróticos.”

Os testemunhos revelam que os livros desempenharam papel especial na II Guerra. Eram uma distração, uma fuga para aqueles homens que se encontravam tão longe e tão solitários, além de estarem em situação tão desconfortável e perigosa. Os livros consolaram corações e mentes perturbadas pois, traziam lembranças de casa ou expressavam seus próprios estados de espírito.

Como foram um dia para mim, e ainda o são, para aqueles homens, os livros eram terapia, além disso, os livros de humor os faziam rir quando não havia nada divertido na situação em que se encontravam.

“Dos livros, os soldados extraiam coragem, esperança, determinação, sentimento de individualidade e outras qualidades para preencher os vazios criados pela guerra.”

A obra também conta o início do formato do livro de bolso, que realmente teria que caber no tamanho do bolso do uniforme dos soldados e ser confeccionado com papel mais maleável, leve e barato, pois além do custo e peso, ainda havia a falta de papel na época. Época em que os livros eram todos de capa dura e tamanho padrão.

A organização que cuidou disso foi a ASE (Armed Services Editions). Muitos soldados escreveram agradecendo e muitos apreciavam a seleção eclética de títulos.

Em resumo, os livros no front atingiram os objetivos:

  • aliviavam o tédio
  • elevavam o espírito
  • estimulavam as risadas
  • renovaram a esperança, e
  • proporcionavam uma válvula de escape.

O programa chegou ao fim em setembro de 1947. Quando milhões de veteranos regressaram para casa,  muitos trouxeram com eles o amor à leitura, que não tinham quando partiram para a guerra.

Durante a guerra, mais de 123 milhões de livros da ASE foram publicados (mais de 1300 títulos). Segundo as estimativas, mais de cem milhões de livros pereceram ao longo da guerra, destruídos por queima ou ataques aéreos e bombas. A Victory Book Campaign adicionou 18 milhões de livros doados ao número total distribuídos às tropas norte-americanas, mais livros foram dados às Forças Armadas norte-americanas do que a quantidade de livros destruídos por Hitler.

Alguns autores publicados: Dickens, John Steinbeck, Saint-Exupéry, Graham Greene, Herman Melville, Joseph Conrad, Edith Wharton, Voltaire, Mark Twain, James Hilton, A.J. Cronin, Betty Smith, W.S. Maugham, Jack London, Rudyard Kipling, Charlotte Bronte, Edgar Allan Poe, Ernest Hemingway, Sinclair Lewis, Laurence Sterne, Thomas Mann, Bram Stoker, Robert Louis Stevenson, Kahlil Gibran, Georges Simenon, Eugene O´Neill, Henry Adams, H.G. Wells, Henry James, Isak Dinesen, Irving Stone, Raymond Chandler, Francis Wallace, Virginia Woolf, William Faulkner, Stefan Zweig, F.Scott Fitzgerald, Nathaniel Hawthorne, Mary Shelley, Aldous Huxley, George Bernard Shaw, Frank Sullivan, Shakespeare, Sun Tzu, entre outros.

80. 32: Um homem para cada ano que passei com você

Isabel Dias, 215p.

32Forte. Expor a sua vida sexual após um longo casamento. Suas descobertas. Seus casos. Vou confessar, não é para qualquer um, e foi isso que a autora fez.

Sexo ainda é um tema controverso e tabu em muitas mesas, em um continente ainda bem machista, admiro a autora!! Eu não tenho coragem de me expor da mesma forma. Ficaria pensando: nossa, fulano vai ler isso…. e depois, sicrano, e o beltrano?!?!?! Sem coragem. E leiam fulano, sicrano e beltrano como meus pais, sobrinhos, amigos, familiares, os protagonistas das cenas que eu quero que danem-se (porque só estou tentando ser uma lady, senão ao invés de danarem-se, seria…. ops….).

O livro não me chocou, cenas, passagens, tudo normal. De verdade. Apenas me chocou a coragem dela. Parabéns!!!

Mas, do que se trata?

“Após 32 anos de casada e com todos os seus planos futuros roubados por uma série de traições do marido, a autora descobriu outra possibilidade de vida e viveu novas experiências.” Neste livro ela conta as 32 experiências, uma para cada ano em que passou casada.

Ela menciona que jovem não teria coragem de fazer tudo aquilo, mas que agora, aos cinquenta e poucos, não tinha mais nada a perder e sim sensações a ganhar. A autora justifica que fazer o que estava fazendo, para ela, era uma forma de diminuir a dor e a humilhação. Penso que cada um deve lidar com sua dor e/ou trauma do modo que melhor lhe convier!

A minha vida foi meio oposta a isso. Até os trinta, trinta e poucos mais ou menos, vivi muitas e muitas aventuras que hoje me dá até preguiça de pensar em repetir. Hoje quero a paz, o sossego, receber flores sem galanteios baratos, de me aconchegar no sofá sem pensamentos do momento após com as peripécias que ocorrerão…. invenções, subterfúgios, artifícios… ai, ki preguiça!!! Quando ouvi que estava “pegando” um cara de mais de 50 anos semi-novo… afff…. pensei…. e eu lá quero isso?!?!? Quero um cara que já saiba que brincar é bom, mas que amar é melhor ainda! Quero um cara que tenha vivido as aventuras sexuais, os desejos sexuais, os sonhos sexuais e hoje se encontre resolvido neste quesito. Não entendam mal, quero que goste e faça, claro, sem dúvida, mas quero que o desejo seja por mim como um todo e não pelo lado “gostosa e sensual”…. e sim, já tive e ainda aparecem uns babacas que quiseram e querem toda a minha sensualidade e sexualidade.

Cansei disso. Detesto performance. tenho preguiça de gente “pidona e carente”. Gosto de HOMENS e não de meninos que cresceram e envelheceram sem amadurecerem. Não que importe, mas fica a dica!!! Rs

Acho legal essa “velharada” descobrir o sexo, mas acho um saco eles agindo como adolescentes onde sexo é motivo para tudo, onde sexo move o dia deles. Chato! Chato! Chato!

Retornando a obra, dos 32, 20 eram casados, 2 tinham namorada séria e os 11 restantes divorciados. E aí? Podemos acreditar na instituição casamento?!?!? Dá para acreditar que o ser-humano nasceu para ser fiel? Somos humanos!!!!! Ainda acho que viver assim,  não passa de uma grande hipocrisia. Manterem-se juntos só porque não têm coragem de confessar que são infelizes. Enganar o mundo? Bobagem…. vão ser felizes!!!

Ela manda uma que é fato: “…. como essa homarada é carente! Carentes e necessitados de um papo. De atenção.”

Foi interessante!

79. Por que ética é mais importante do que religião

Dalai Lama & Franz Alt, 143p. Dalai Lama

Muito interessante você “ouvir” do Dalai Lama que a intolerância leva ao ódio e a segregação e que a ética global é mais importante do que as religiões, afinal ele é um líder religioso!

Ele cita o que já sabemos, mas vem de uma autoridade religiosa então, o peso é outro, que, em quase todos os lugares, o fundamentalismo religioso é uma das causas de guerra, além disso cita que com que o desenvolvimento da neurociência sabemos hoje que ética, compaixão e comportamento social são características inatas, mas que a religião é adquirida, que o fundamentalismo, em um mundo globalizado como o que vivemos hoje, é prejudicial.

Todas as religiões pregam o amor, a tolerância e o perdão. Aceitar ou não a religião é uma decisão pessoal. O objetivo de todas as religiões é um só: tornar as pessoas mais felizes e melhores. Isso cria harmonia.

Para vivermos em um mundo melhor, o que temos que fazer? Precisamos ser pessoas melhores e, para tal, temos que ver o mundo não como inimigo. Ele cita que a semente de todas as religiões, é o amor…. falo isso há décadas e, qual a novidade galera?!?!?! Podemos ter valores que não contradiz as religiões e que não dependem de nenhuma religião, para tal é preciso ter consciência ética, é preciso rever valores.

“Paciência, tolerância, humildade e generosidade são componentes essenciais da ética secular.”

Eu não sabia (olha só a atenção as notícias do mundo!!!!), mas o “Dalai Lama tem sido apenas o líder espiritual dos tibetanos, ele se aposentou do seu cargo político, voluntariamente. Quando na história da humanidade já houve uma abdicação de poder voluntária nessa escala?”… ele é show!!!!

78. 66 histórias de uma volta ao mundo

Nara Alves, 196p.66

Um casal deixa tudo e parte em uma volta ao mundo. Entre roubadas e sacadas, as histórias dos passeios, da vida, das surpresas. Perrengues? Muitos. Nós, viajantes, sabemos que é parte do negócio e curtimos também, apesar de ter até choro na hora! Não importa, o mais importante é que vira história!

Hilário neste livro foi ela contar a experiência no “Museu do Cocô” no Japão. Isso mesmo!!!! Como assim, isso existe? O que mais irão inventar? Ri muito!!!!

Foram 22 países em quase 1 ano de viagem (330 dias). Ela e o namorado. Subiram montanhas no Nepal, deslumbraram-se com as paisagens neozelandesas, mergulharam na Barreira de Corais, enfrentaram estar em um local onde pertinho passavam “mísseis”, rodaram os EUA, pensaram na vida na Índia, conheceram lugares inusitados no Irã, Líbano, visitaram amigos em diversos locais e a história da amiga de Israel me fez repensar valores, viveram… aprenderam…. viajar é isso! E eu, que já tive chances de dar umas “voltinhas” por este mundão ia viajando com eles, relembrando lugares, concordando com algumas experiências, discordando de outras e querendo participar de algumas outras. Foi divertido!

A escrita é simples e alguns fatos não me chamaram atenção mas, a leitura foi um ótimo passatempo! Curti muito!

Valeu Nara! Boas viagens e ótimas aventuras para vocês!!!