114. 1984

George Orwell, 277p. 1984

Livro muito famoso que eu ensaiei começar inúmeras vezes e desta vez, foi. Estava na estante há anos!!!

Surpreendeu-me logo de início com aquele “admirável mundo novo”. A distopia como forma de protesto. Muito bom!!!

Na trama, a invenção de uma nova escrita tão simples que até faz sentido, mas que ao analisá-la profundamente percebemos como perde-se com ela a imensidão de fatos e sentimentos, nos levando a ter mais uma vez a certeza de como a linguagem, as palavras são importantes para a expressão!!!

Apresenta pensamentos, frases, ideias (crimedeter, duplipensar….) que são tão fortes que assustam em uma sociedade amorfa. Na verdade, apenas um grupo de “formigas” que seguem o líder. Se há rebeldia, o resultado será a morte, enforcamento ou quem sabe 25 anos nas minas de sal?!?!?!

Distopia que vale a pena para ter suas próprias conclusões sobre ela. Achei um livro interessante, mas que não rende. Foi difícil realizar a sua leitura, talvez porque o tema não seja o meu preferido, mas sinceramente acredito que seja um clássico para tirar suas próprias conclusões!

 

113. A valsa inacabada

Catherine Clement, 510p.

A valsa inacabadaSerá mesmo que uma dança em um baile de máscaras poderia envolver-se em todos os fatos posteriores da vida de um homem? E se essa dança tivesse ocorrido com uma mulher misteriosa, possivelmente sua imperatriz, e você, claro, um plebeu? E se houvesse ocorrido aquelas “fagulhas” que muitos de nós conhecemos? Como a vida transcorreria após esse evento? Pois é, é disto que se trata essa valsa inacabada!

E quem seria essa imperatriz? Nada mais, nada menos do que a austríaca mais famosa, Sissi. Por sinal, a biografia dela chegou aqui em casa mês retrasado …. um dia entrará na lista dos livros lidos.

Mas, no caso deste, a trama discorre os eventos da Áustria durante o “reinado” dela e após sua morte e toda a história até a após a II Guerra Mundial.

Ela faleceu antes da I Guerra, mas o seu par na valsa sobreviveu até bem mais tarde. Passou a vida, ops…. sem spoiler – rsrssr

O livro é longo. Gosto da autora e comprei este volume, pois outro dela é um dos meus queridinhos – A viagem de Théo, mas este não caiu em minhas graças. Foi uma leitura lenta sem muito envolvimento da minha parte, mas tem uma boa apresentação dos fatos históricos associados ao antigo império austro-húngaro e isso foi muito interessante.

Venham valsar com a Sissi!!!

112. Conforte-me com maçãs

Ruth Reichl, 351p. Conforte-me

Confesso que livros de gastronomia / aventura / histórias, sempre chamam a minha atenção, pois normalmente trazem histórias engraçadas, pratos estranhos, outros apetitosos e eu vou viajando com o autor, imaginando até onde eu iria ou comparando o que já passei, vi, vivi, experimentei, ou então vou anotando para futuras referências…. quem sabe?!?!

Este também foi assim. Uma leitura que me prendeu “pelo estômago”. (rs)

Ela conta como iniciou na vida de crítica gastronômica, suas peripécias iniciais, sua visita a China na década de 1980 (que não era tão fácil como hoje), sua vida familiar, concluindo com poucas receitas o final de cada capítulo. Envolve e destrincha toda sua vida pessoal entre seus restaurantes, chefs e experiências.

Acho corajoso escrever desta forma, não apenas pela própria exposição, mas também por expor os que estão ao redor do autor, o que pode causar muita briga, ou no mínimo, desconforto, pois ela apresentou ex-marido, uma mãe estranha, uma adoção não tão bem sucedida e todas as fases de uma “ficção” (mas não é uma) que prende quem lê.

O tema “gastronomia” é bacana. A leitura deste livro também foi!

111. Beleza negra

Anna Sewell, 207p.  Beleza negra

Um clássico que fala sobre cavalos, pois Beleza Negra é um cavalo dócil que tem no sangue capacidade de corrida e que vai nos contando as passagens de sua vida desde o seu nascimento em uma fazenda onde as pessoas eram boas, sua venda também a pessoas boas e a defesa que fazia dessas pessoas, pois elas atuavam contra as injustiças ocorridas a outros animais.

Ele conhece Gengibre, uma égua que foi maltratada; Folgazão, um cavalo que respeitava o que ocorria ao seu redor e tinha muita maturidade para lidar com as diferentes situações; e outros.

Beleza Negra vive com muitas famílias diferentes, passando por diversas situações desde bem agradáveis até bem mais difíceis e ele vai descrevendo os acontecimentos pela perspectiva de um cavalo.

Trata-se de uma leitura suave. Gostosa. Eu que amo animais sofri algumas vezes, mas sei que a situação, infelizmente, muitas vezes, faz parte da realidade.

O livro foi publicado pela primeira vez em 1877. Era classificado como infanto-juvenil, mas logo atingiu leitores de todas as idades em diversas partes do mundo.

Eu gostei dele!