Antoine Galland, 112p.
Curiosa sobre café? Sim… eu sou. Não tenho o hábito de uma vida, pois comecei a apreciar a bebida tarde, após os 40 anos de idade. E fiquei chata sobre o assunto, além de até acabar participando de um curso de barista. Fiquei curiosa mesmo, afinal trata-se de um produto tão importante para a nossa história que tornou-se um mundo fascinante para mim e, vira e mexe cai alguma coisa na minha mãe, não só xícaras com a bebida feita com grãos bem interessantes, como informações e livros que incluo em meus dias; e aqui está um desses exemplos!
Este é um relato antigo, publicado em 1699, pequeno e que pediu bastante atenção talvez pela linguagem usada por ser um escrito antigo.
Trata-se de um livro bem pequeno, baseado em um manuscrito árabe da biblioteca do rei, com uma bela encadernação no formato epistolar, uma carta que vai narrando a origem do café na Pérsia e como ele difunde-se até a Europa, passando por diversos “causos”, alguns extremamente interessantes, inclusive como a bebida foi proibida aos muçulmanos que a consumiam de forma clandestina, ninguém resistia a um cafezin…..
Aparecem também os dervixes atingindo o Egito, então a Síria, Constantinopla onde começam a surgir as cafeterias e lá vieram pregadores contra a bebida, de novo e até uma “ferfa” foi pronunciada que é uma decisão com o desígnio dos pregadores segundo a lei de Maomé, mas mais uma vez houve resistência a lei e a bebida restabeleceu-se.
A bebida começou a ser necessária nas viagens com um profissional só cuidando dela e com isso, foi sendo disseminada por todo o Império otomano e mais tarde chegaram na França, especificamente em Paris e então, seguiu pelo mundo e está por aqui em meus dias!
Foi bem interessante acompanhar a história da saga desta bebida que me encanta não somente por seu sabor, mas no meu caso, mais ainda por todo o culto em torno dela e toda a história de desgraças e muitas graças ao seu redor. Foi muito legal! Para quem gosta do tema, acho interessante incluí-la no repertório.