Stephanie Rosenbloom, 306p.
A autora decide colocar em prática um projeto onde em suas férias ela percorrerá (flanando) quatro cidades por uma semana em cada nas quatro estações do ano e…. sozinha. Escolhe:
. primavera em Paris
. verão em Istambul
. outono em Florença
. New York no inverno
E lá fui eu…. flanar com ela e amando tudo; todas as cidades que tive a chance de conhecer, em todas também estive sozinha em alguma oportunidade, todas em que flanei também. Ai, que delícia de livro!!!
Ao mesmo tempo que ela vai flanando, ela vai discorrendo sobre pesquisas ou livros que leu e trouxeram algum vislumbre sobre a arte de estar só… e eu vou seguindo. Em uma diz que quinze minutos que passamos sozinhos, sem aparelhos eletrônicos ou interação social, podem diminuir a intensidade dos nossos sentimentos (sejam eles bons ou ruins), deixando-nos mais tranquilos, menos zangados e menos preocupados, portanto podemos usar este período como uma ferramenta para auxiliar em estabilizar nossos estados emocionais.
Me senti até bem quando li: “Maslow, por exemplo, disse que as pessoas maduras, autorrealizadas, são particularmente atraídas para a privacidade, o afastamento e o estado meditativo.” Ainda estou longe de estado meditativo, mas as duas primeiras são bem verdade…. adoro a minha privacidade, real e conscientemente me afasto das pessoas pelo simples prazer de ficar só!
Como ela eu me preparo para as minhas viagens e nesta fase eu leio o máximo que consigo e como vocês talvez já tenham notado, tento incluir, inclusive autores daquele País por onde passarei, ou até daquela localidade (seja autor, seja a trama) e está fase de devanear pelas coisas que posso ver, querer, experimentar é algo maravilhoso! Elizabeth Dunn que a autora cita neste livro disse: “A antecipação é uma forma livre de felicidade”, e é isso mesmo! É uma curtição! Um estar lá….. delicioso! E quando vou sozinha aos lugares, o bom é que não preciso falar, então sinto melhor a cidade, os sons, os cheiros, as aves passando, os barcos, as pessoas, o andar pelas ruas, vielas, mercados….. é tão bom! É quando me sinto mais livre!!!
Entretanto, ela comenta que nem sempre podemos escapar para Paris ou Istambul, muitas vezes não posso nem ir até a cidade vizinha, então ela diz que saborear o momento, examinar coisas de perto, relembrar, que tudo isso não necessariamente precisa ser usado em viagens, mas que podemos colocar em prática em nossa cidade, tanto que a autora mora em New York (sua escolha do inverno).
“Pensei nas pessoas e lugares que eu havia visto, e nos muitos outros que eu não havia visto e desejava ver um dia. E pensei em como temos sorte por aproveitar o que quer que possamos, por qualquer que seja o tempo que temos, em paz, sob um céu azul….”
Me trouxe muitas ideias, muitas inspirações para minhas próximas viagens (quem sabe?!?), recordações. Realmente curti essa leitura!!!!