3. A velocidade do amor

Antonio Skármeta, 221p.

A velocidade do amorEscolhi este livro pelo autor, pois adoro e está na minha lista dos “10 mais” o livro “O carteiro e o poeta”.

Este tem uma trama de amor bem dramática e bem cheia de ação de filme de terceira divisão, muito drama, muita obsessão, mas com uma escrita deliciosa que eu nem vi passar!

Na trama um pouco de “Lolita”, com um “vovô gatinho! apaixonado e louco por uma jovem tenista que, por sinal, não tem nada de ingênua!! Mas, essa “obsessão” mexe muito com o bem-sucedido médico e… senta que lá vem história (rs)!!! E também lá vem o arroubo na vida monótona, conveniente e patética do médico que casou-se por interesse e sempre viveu uma vida perfeita e…. sem “vida”! Coisa que sabemos e vemos que acontece ao nosso redor o tempo todo com tantos casais vivendo apenas de aparência ou conveniência.

2. As memórias perdidas de Jane Austen

Syrie James, 319p.As-memorias-perdidas-de-Jane-Austen

É da natureza humana querer algo diferente daqueilo que temos, não importa o quão afortunados somos.”

Autora estudiosa de Jane Austen e construiu uma obra bem “gracinha” onde a personagem principal é a própria Jane Austen.

Nela a vida amorosa de Jane é exposta de forma diferente do que se sabe, como se as memórias de Jane fossem descobertas mais de um século depois.

O mais legal foi que eu fui entrando nos fatos e acreditando em tudo aquilo como verdade, mesmo sabendo ser ficção.

Aqui aparece uma Jane que ainda não publicou nada, mas que encorajada por outros revisa suas obras e então há esperança em publicá-las.

A escrita parece-se com a da própria Jane Austen portanto, bem fácil de seguir. Valeu muito a pena esta leitura! Dá para matar saudade da Jane (super intima!!).

“Sempre podemos encontrar um motivo para adiar o que queremos fazer, ou tememos fazer, até amanhã, semana que vem, mês que vem, ano que vem…. até que, no final, nunca realizamos nada.”

 

1. Pequeno segredo: um amor maior que a vida

Heloisa Schurmann, 191p. Pequeno segredo

“Deixe que ela tenha uma vida cheia de coisas para fazer, que ela tenha sonhos e que seja amada por todos. Nunca coloque um ponto final na vida dela.”

Quando não convivemos com crianças esquecemos como coisas simples tem tanto significado e como a inocência é bela e gentil.

Hoje todos conhecemos a família Schurmann e a história de Kat que eles adotaram. Através do livro e do filme entendemos como tudo aconteceu, e isso é o menos importante. O importante foi ler como ela, a Kat, teve a chance de viver tanta coisa que a maioria de nós nem passará perto.

Em muitas passagens do livro revivemos a inocência, como ela estar calculando quantos dias falta para chegar na Ilha de Páscoa  porque, obviamente, quem mora lá são os coelhinhos da Páscoa, né? E aí entra a magia dos adultos em transformar o sonho, em realidade, e nos vemos preparando ninhos e colocando ovos para as crianças acharem. Ela também…. por lá.

Ou, na África ela ter medo de uma feiticeira de verdade ou no parque dos elefantes perguntar se a pequena pista de aviões era onde o Dumbo aterrissava, ou ainda, em Brunei, diante de tantas cúpulas e mesquitas douradas, ter certeza que iria encontrar o Aladim em seu tapete voador. Sensações que também temos e que nossa criança interior nos traz. Já vivi dezenas de vezes isso, sentindo-me princesa, fugitiva, ama, rainha, exploradora, feiticeira e 1000 fantasias, mas nunca verbalizando ou deixando aflorar como as crianças, apenas quando ao lado delas nos permitimos.

Esta leitura trouxe esta ternura!!!

Foi muito bom!!!

 

2018: uma reflexão

Foi um ano em que quase alcancei meu objetivo, não o fiz porque eu mesma bobeei no final, mas sinceramente sem qualquer frustração, faltou apenas uma leitura para completar 12 mensais como eu gostaria, entretanto, no início do ano eu não quis inserir nenhum objetivo para 2018, portanto, tudo certo. O objetivo estava apenas na minha cabeça, afinal somos movidos a desejos!

Foi um ano como o da maioria, partes boas, outras nem tanto, sempre aprendizado, mas em geral foi um ano bom! Trabalhei e fiquei bem desestimulada muitas vezes, mas ouço o tempo todo da minha gestão que isso é a normalidade no mundo corporativo, que eu tenho que adaptar-me. Acho o comentário de uma resignação fácil e que me incomoda, mas manda quem pode, obedece quem tem um pouco de juízo! E mais, eles que são jovens, eles que terão que manterem-se nesse mundo corporativo por muito tempo ainda!!!!

O coração teve seu baixo, mas foi bonificado com altos também! Coisa boa, né? Entretanto, a leitura fica prejudicada nesta fase em que eu não passo tanto tempo só, no meu canto, mas entendam que não é uma reclamação, apenas uma constatação. Rsrsrsrs. E constatação que, tenho certeza não trata-se de uma exclusividade minha!

Para 2019 nenhum plano literário em alta, quero apenas seguir nas minhas leituras, às vezes ótimas, às vezes ruins, em outras apenas distração! Seguindo entre as letras, o conhecimento e a distração! Estou com vontade de logo incutir mais um desafio literário em meus dias, mas o planejamento de vida, no momento, não permite tal façanha!

Sigo tentando manter esse blog com novidades dos meus avanços literários, a vida segue com seus dias cheios de emoções, novidades, alegrias, tristezas, obrigações e, com todo o movimento diário, muitas vezes deixo a inclusão de dados aqui de lado, porque há outras prioridades, mas gosto de tê-lo em dia para minha própria organização. Se alguém fizer uso de qualquer informação, seja qual for, ficarei mais contente ainda!

Que venha 2019 com muita coisa boa, literária ou em qualquer outro aspecto da vida! Que seja um ano de mudanças positivas! E que eu possa compreender as pedras que aparecerão pelo caminho!

 

143. 100 travel tips

Wolfgang Riebe, e-reader, 55p.

Livro que estava no meu e-reader e que estava no meio do caminho…. só finalizei para não deixá-lo em aberto.

Como viajo bastante, sempre que encontro dicas de viagens, livros de aventuras e afins encaro para ver se acrescenta algo, se me dá alguma ideia nova e, com este foi a mesma coisa. Vai saber! Mas, como viajante que sou, muito das dicas que estavam lá não eram novidade.

Na verdade não foi uma leitura significativa, tanto que não anotei nada e estou aqui, quebrando a cabeça para tentar escrever algo sobre o livro e, não vem nada! Desculpem-me!

De qualquer forma, recordo-me que havia trechos que, para viajantes novatos podem auxiliar, então, caso este seja o seu caso, encarem e ganhem tempo e economizem dinheiro com as dicas deste tipo de auto-ajuda!

Boa viagem!

142. O hotel na Place Vendôme

Tilar J. Mazzeo, 286p.

O hotel na Place VendomeO hotel do título é o Ritz e, a leitura para mim foi muito prazerosa porque conta muitas histórias que se passaram lá e que influenciaram o mundo, além das personagens claro, muitas nossas conhecidas (Chanel, Zola, Proust, Hemingway….) e outras nem tanto, mas que faziam parte da alta sociedade e influenciaram muitos acontecimentos.

No meio da leitura inserem-se indivíduos da época e eu conseguia visualizar como eles tornaram-se importantes como Freud ou Margarethe Zelle (Mata Hari) e a época em que estavam inseridos.

Cenas das loucuras e excentricidades dos muito cheios de dinheiro e tempo, que é um binômio muito perigoso.

Não tinha ideia, mas Proust baseou o seu famoso “Em busca do tempo perdido” nos acontecimentos e personagens do Ritz, por sinal onde ele vivia e obtinhas as informações através de um funcionário.

Muitas, muitas histórias interessantes, muitos escândalos, romances, amores, traição, espionagem, diplomacia, resistência, eventos, jantares….

A influência do hotel na II Guerra porque serviu de refúgio, quartel general nazista, centro de espionagem e tantos outros fins. A disputa de Hemingway para chegar nele e libertá-lo. Aliás, figura triste, um gênio da escrita excêntrico e, ao meu ver, bobo, mas repórter de guerra, portanto também estava lá, entre outros conhecidos da época, lutando por seus furos e suas reportagens.

Foi uma leitura curiosa e muito interessante!